quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pequenas vitórias

30 semanas amanhã and we still rockin'! Ou melhor, slowing. Porque rocking provoca contracções e nós estamos, mais que nunca, a viver em "lento, lentinho"...

Anyway, se as primeiras dezoito semanas de gravidez foram péssimas e as dez seguintes foram muito más, as ultimas duas têm corrido muito bem. Engordei pouquinho, não tenho "aquela" fome de que as grávidas se queixam, mantenho as pés e pernas sem inchaços, não tenho dores incapacitantes, durmo a noite toda (acordo vinte vezes, mas durmo a seguir)...
A unica coisa que incomoda é a falta de ar e o cansaço. Canso-me muito, alguns passos são suficientes para iniciar contrações mas se ficar quietinha e não abusar, fico bem.

Depois de passarmos a fase do risco de prematuridade extrema, mamãe aqui relaxou. É obvio que mantenho os meus medos e angústias, o coração apertado cada vez que imagino os pequenos numa unidade de cuidados intensivos neonatais. E sei que os riscos se mantém, mas são menos e se há coisa que aprendi nestes últimos meses, é que cada vitória é uma vitória e tem de ser vivida e sentida como tal, em vez de desvalorizada.

Foi isso que os meus filhos me ensinaram nos últimos tempos. É por isso que eu vivo cada vitória destes meus ratinhos, cada dia é uma benção, e cada benção é mesmo uma benção com direito a confetis e festa rija e não apenas um encolher de ombros conformado como se fosse obrigação da vida dar-nos isto.
Os movimentos dos pequeninos parecem, nas palavras do pai, de cobras com pernas. Continuam fugidios mas já gostam mais de festinhas e beijinhos (ou se calhar, já não tem tanto espaço por onde fugir...). Não sei se já reconhecem a minha voz mas prefiro acreditar que sim.
A tarefa da semana tem sido arranjar as roupas (minúsculas, lindas) dos dois piolhos. Mantenho a obsessão em comprar roupa de prematuros. Olham-me com olhos de "´tá loka!" mas sei como é um bebé pequenininho vestido com roupa grande. Torna-se ainda mais pequenino e com ar ainda mais indefeso.
Não tem sido tarefa fácil porque não posso sair muito de casa e procurar á vontade. Além disso a gravidez tornou-me um bocadinho lenta e grande parte dos meus neurónios migrou para a barriga pelo que tem sido uma tarefa hilariante. É tudo a dobrar, e mãe cheia de experiencia que sou... Enfim, tem sido bonito. Se dependesse só de mim estas crianças provavelmente chegariam à maternidade e teriam a roupa toda trocada. Ou não teriam roupa (errrr... onde é que ficou a mala?!?).
Hajam avós, bisavós e tias-avós!