terça-feira, 23 de junho de 2009

Voltei

Voltei. Voltei do não ter de acordar cedo, das 24 sobre 24 horas passadas só e somente com o meu bicho favorito, do andar por andar, do ouvir falar outras linguas. Voltámos morenos, cheios de músculos nas pernas e revigorados. Voltámos felizes. Com o cérebro cheio de cultura, a alma cheia de arte e a barriga cheia de gelados.
Já tirei o verniz vermelho das unhas das mãos. As guidelines não recomendam. É um previlégio de férias que assinala o inicio e o fim do "bem-bom".
Após dois dias de desinfecção cirúrgica das mãos e antebraços já só tenho bronze até ao cotovelo. É o estilo inverso ao "bronze de camionista".
E graças ao calor abrasador dentro da bata sob as luzes do bloco, do contacto com o corpo dos meninos deitados no colchão aquecido e do stress (principalmente do stress) já transpirei tanto que perdi toda a epiderme escura que tanto me custou a conseguir.
Mas operei a minha primeira hérnia.
E trocava, todas as vezes que fossem precisas, todos os bronzes do mundo, todo o verniz vermelho e tantas, tantas outras coisas por esta sensação.

domingo, 7 de junho de 2009

Eu vou...

Vou pra Itália, tralalá... Vou da mochila, tralalá... Dormir em pardieiros, tralalá... E apanhar piolhos... estrangeiros, tralalá!

Ando capaz de abraçar o mundo e nem a celulite, nem a barriga banhenta (essas coisas tipicas de pré-verão) me conseguem desanimar.

Meus queridos, fui. O plano da viagem é mais ou menos o que mostra em baixo, mas passamos em Isola d'Elba para um niquito de praia. Depois logo vos direi se o Canal Grande, a Piazza San Marco, as maravilhosas lojas de Milano e os maluquinhos do Vaticano ainda lá continuam.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pequenos milagres

Nós, que trabalhamos com crianças, de vez em quando vemos sindromes e doenças complicadas. Vemos e sabemos as alterações orgânicas que os mesmos trazem, adivinhamos as necessidades de cada um, providenciamos ventiladores, alimentação parentérica, abrimos os meninos para tentar corrigir os defeitos, protegemo-los com antibióticos.
Estamos habituados a que vidas pequenas nos mudem a vida. Mesmo as vidas diferentes, as vidas daquelas crianças que até custa olhar. A única coisa que não adivinhamos é o amor que rodeia estas crianças diferentes. Às vezes esquecemo-nos do pequeno grande milagre que é a vida.
Hoje lembrei. Ele ajudou.


I'll be sad later.