terça-feira, 23 de junho de 2009

Voltei

Voltei. Voltei do não ter de acordar cedo, das 24 sobre 24 horas passadas só e somente com o meu bicho favorito, do andar por andar, do ouvir falar outras linguas. Voltámos morenos, cheios de músculos nas pernas e revigorados. Voltámos felizes. Com o cérebro cheio de cultura, a alma cheia de arte e a barriga cheia de gelados.
Já tirei o verniz vermelho das unhas das mãos. As guidelines não recomendam. É um previlégio de férias que assinala o inicio e o fim do "bem-bom".
Após dois dias de desinfecção cirúrgica das mãos e antebraços já só tenho bronze até ao cotovelo. É o estilo inverso ao "bronze de camionista".
E graças ao calor abrasador dentro da bata sob as luzes do bloco, do contacto com o corpo dos meninos deitados no colchão aquecido e do stress (principalmente do stress) já transpirei tanto que perdi toda a epiderme escura que tanto me custou a conseguir.
Mas operei a minha primeira hérnia.
E trocava, todas as vezes que fossem precisas, todos os bronzes do mundo, todo o verniz vermelho e tantas, tantas outras coisas por esta sensação.

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